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sábado, 5 de agosto de 2017


Tema: SANTIFICAÇÃO

Romanos 7.15-20
-Introdução: O apóstolo Paulo, mesmo sendo um homem santo e usado por Deus até para ressuscitar pessoas (Atos 20.1-7), descreve neste texto a sua luta contra o pecado “para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte” (II Coríntios 12.7). Estas palavras servem para todos até hoje por que mostram o sentimento de um coração que deseja se livrar do pecado.



   Existe uma luta interior em cada ser humano entre a carne e o espírito. A carne deseja coisas temporais e humanas muitas vezes destrutíveis se não forem comedidas. O espírito almeja o que é invisível e espiritual. Ter consciência desta luta interior é imprescindível para quem deseja servir a Deus. Se vivermos no espírito temos vida e paz, mas se vivermos na carne, a conseqüência é a morte (Romanos 8.5-11).
Por que essa luta parece maior na vida de um cristão? Por que a pessoa do mundo se conforma em satisfazer os desejos da carne e o crente não aceita isso e começa uma batalha.
Para vencer esta batalha, precisamos saber com clareza o que é obra da carne e o que é fruto do Espírito (Gálatas 5.19-23) e alimentar o nosso espírito para que seja fortalecido e vença as paixões da carne. Jesus disse que “é fraca” (Marcos 14.38).
Como vencer as vontades da carne?
Vamos aprender com a Bíblia o que fazer para fortalecer o espírito e vencer as vontades da carne:

1- CARNE - Resistir até o sangue: Hebreus 12.4

A declaração deste texto é extrema. O autor orienta a lutar contra o pecado até sangrar se for preciso. Isso era algo real para o tempo apostólico quando os cristãos eram perseguidos e preferiam morrer a negar sua fé.

Hoje muitas coisas perseguem o cristão para que negue sua fé e sabemos que nosso dever é “resistir ao diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7). Não enfrentamos mais esta perseguição externa e declarada, mas existe uma luta invisível dentro de cada um de nós. Não precisamos mais derramar nosso sangue ou oferecer sacrifícios de animais para apagar o pecado, mas temos o sangue de Jesus que nos “purifica de todo o pecado” (I João 1.9).

O hedonismo é a satisfação do prazer a qualquer custo, tem sido ensinado às pessoas desde o berço. Os pais atendem tudo que a criança quiser e assim cresce buscando seus interesses sem aceitar o não. Por isso Jesus “dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23).  Para ser cristão é preciso vencer o hedonismo que aprendemos desde a infância e dizer não para as vontades da carne.

Você tem feito resistência ao pecado ou tem alimentado seus desejos carnais?
Resista até ao sangue, o sangue de Jesus!
                             
2- ESPÍRITO - Andar no Espírito: Gálatas 5.16

O Espírito Santo de Deus nos ajuda em nossas fraquezas (Romanos 8.26) nos ensinando para onde devemos ir “quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele” (Isaías 30.21). Por isso devemos sempre andar no Espírito.

O que é andar no Espírito? É ser sensível à voz de Deus. É viver em oração incessante (I Tessalonicenses 5.17). Entender a vontade do Senhor para sua vida. Estar tão alegre e satisfeito a ponto de não sentir necessidade de agradar a carne.

Quando o homem pecou, desobedeceu a Deus e perdeu a sensibilidade espiritual. Passou a se preocupar somente com coisas visíveis e materiais. Não tem consciência de si mesmo como um ser espiritual. Cuida do corpo, das emoções, dos prazeres, mas não busca o que do espírito. Por isso sua vida é incompleta. Para ser inteiro, deve contemplar o corpo [físico], a alma [personalidade] e o espírito [espiritual]. O Espírito Santo de Deus entra na pessoa que recebe a Jesus como Senhor e Salvador (I Coríntios 12.3) e ajuda como conselheiro espiritual para vencer a carne.

Você tem se fortalecido no Espírito ou tem ignorado sua vida espiritual?

O Espírito Santo te fortalece para vencer a carne!

Você pode vencer as vontades da carne!

-CONCLUSÃO: I Coríntios 10.12  “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”

Como diz o ditado, ‘Deus não dá o frio maior que o cobertor’, não enfrentamos dificuldades maiores do que podemos suportar (I Coríntios 10.13). Para tudo o que fazemos precisamos pedir ajuda do Senhor como Jesus mesmo ensinou orar pedindo “não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos do mal” (Mateus 6.13).

A Bíblia diz que todos os homens pecaram cedendo às tentações, mas Jesus também sofreu tentações e venceu tudo sem pecar nenhuma vez (Hebreus 4.15) para nos capacitar a vencer o pecado.

Resista à carne até o sangue e ande no Espírito!


Fonte: esbocosermao

sexta-feira, 21 de julho de 2017




Referência Atos16.16-34

A paz de Cristo. O apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária, após ter uma visão de um varão macedônio que dizia: “Passa à Macedônia e ajuda-nos’, se dirigiu juntamente com Silas, Lucas e Timóteo para a Macedônia, para a colônia grega chamada Filipos, entendendo que Deus os havia chamado para lhes anunciar o evangelho. (At 16.9-10)

Chegando à Macedônia, Paulo pregou para uma mulher de Tiatira chamada “Lídia”, vendedora de púrpura, que aceitou ser batizada juntamente com os da sua casa. (At 16.11-15)

Após isso, uma jovem possessa de espírito adivinhador, que dava grande lucro aos seus senhores, passou a seguir Paulo e os demais e a clamar dizendo: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação”. E isso se repetiu por muitos dias. Foi então que Paulo, indignado, voltando-se, disse ao espírito: “Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retirate-dela. E ele, na mesma hora, saiu”. (At 16.16-18)

  Programa que ensina a Bíblia vira febre na Internet
Vendo os senhores da jovem que a esperança de lucro havia sido desfeita, Paulo e Silas por serem judeus são acusados de perturbarem a ordem pública e ensinar costumes religiosos impraticáveis aos romanos. Em vista disso, eles são levados para a praça pública, têm as vestes rasgadas, recebem muitos açoites com varas e são levados à prisão de segurança máxima pelo carcereiro de plantão, tendo seus pés amarrados em troncos, estando cerca de 12 portas para dentro da prisão.

A segunda viagem missionária de Paulo e seus companheiros vinha sendo triunfante, mas bastou expulsar um demônio para que o inferno se levantasse contra eles.

Na última vigília Deus falou comigo que Paulo e seus companheiros representavam a igreja, que é um instrumento missionário na terra para salvar vidas da condenação e que muitas vezes somos humilhados, agredidos física e verbalmente, as portas parecem se fechar, prendem nossos pés com grilhões para que o evangelho não seja mais anunciado, mas Jesus disse a Pedro: “As portas do inferno não prevalecerão contra a minha igreja”. A igreja que é edificada sobre a Pedra Angular que é Jesus pode enfrentar a luta que for, mas vai permanecer de pé. Sabe quem é a igreja? Eu e você! Aleluia!

Por volta da meia-noite, Paulo e Silas, mesmo feridos e humilhados, oravam e entoavam cânticos a Deus, e de repente ocorreu um “TERREMOTO”, que sacudiu os alicerces da prisão, abriu todas as portas e soltou a cadeia de todos. (At 16.16-26)

Nada nem ninguém pode impedir o plano de Deus na sua vida e da sua família. Se as portas estão fechadas, tem terremoto de Deus na terra dos viventes nesta noite, aleluia. (At 16.25-26)

Deus vai abalar as estruturas da tua vida nesta noite e vai alcançar a sua casa. É dia de libertação da nossa família das mãos de Satanás.

Há um personagem sem nome, “o carcereiro filipense” que estava de plantão e que teria sua vida e de sua família transformada por esse terremoto.

1) Deus já preparou o dia para libertar a sua família:

a) Aquele plantão mudaria a vida do carcereiro para sempre. Com certeza naquela prisão havia uma escala dos carcereiros que tiravam plantão. O carcereiro de plantão jamais imaginaria que naquela noite iria contemplar um terremoto.

b) Um terremoto geralmente ocorre numa região onde há placas tectônicas. A região de Filipos por ser formada por uma densa placa tectônica, nunca poderia sofrer um evento geológico como o terremoto.

c) Deus preparou aquele dia. O Senhor é Onisciente, sabe de todas as coisas. Não se desespere, pois quando você menos imaginar Deus vai entrar com providência na sua casa e libertar a sua família.

d) Deus usa as coisas loucas para confundir as sábias (1Co 1.25). Um carcereiro é aquele que cuida dos presos na prisão. O maior preso na história não era Paulo e Silas, era o carcereiro. Paulo e Silas foram presos porque Deus queria que o carcereiro fosse liberto das mãos de Satanás.

2) O carcereiro contemplou três milagres de uma só vez:

a) Milagre físico: O terremoto repentino foi tão violento que os alicerces da prisão foram abalados a ponto de todas as portas se abrirem e as correntes de todos os presos se soltarem. (At 16.26)

b) Milagre moral: Apesar de todos os presos terem a oportunidade de fugir, visto que estavam soltos das correntes, permaneceram em suas celas. Paulo disse: ”Estamos todos aqui”. (At 16.28) – Na Lei Romana, caso um preso fugisse, o carcereiro era responsabilizado pela fuga e condenado a morte.

c) Milagre espiritual: Aquele terremoto não apenas abalou as estruturas físicas, mas abalou também as algemas da alma do carcereiro que tinha como senhor “César”, de natureza que, ele indagou Paulo e Silas: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?”. E a resposta foi magnífica: “Creia no Senhor Jesus e serão salvos, você e os da sua casa”. (At 16.30)

3) Deus não possui protocolos para libertar um homem e sua família.

a) O profeta Isaías disse: Operando Deus, quem impedirá? Você precisar crer no Senhor; crer na sua palavra; crer no seu Poder. Deus vai resgatar a sua família de forma sobrenatural.

b) O carcereiro foi alcançado pela soberana graça de Deus numa prisão. O carcereiro foi tocado num lugar atípico e em circunstâncias jamais vistas antes.

c) O carcereiro creu no Senhor Jesus e imediatamente foi com Paulo e Silas anunciar essa grandiosa salvação aos seus entes queridos. (At 16.32)

d) Naqueles dias quando uma pessoa se abria a uma religião, toda família era envolvida. A salvação libertou e alcançou o carcereiro e todos da sua casa. (At 16.32)

e) Acredito que este seja o primeiro batismo noturno que a Escritura relata. (At 16.33) – Isso nos ensina que não existe fórmula pré-estabelecida para se contemplar o milagre de Deus. Ele opera segundo lhe apraz. As boas novas são que, assim como Ele operou em favor daquele carcereiro por meio de um terremoto, Ele também pode fazer o mesmo em seu favor e da sua família.

Concluindo:

 a) A libertação gerada por crer em Jesus tira a opressão, a tristeza, o desespero, o desejo do suicídio e traz vida e alegria.

b) Enquanto eu preparava esta palavra recebi uma ligação de socorro, dizendo que certa mulher estava querendo se suicidar à semelhança do que o carcereiro queria fazer.

c) “Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus”. É tempo de ser feliz. É tempo de alegria. (At 16.34)

d) Creia no Senhor Jesus. Arrependa-se e prostre-se diante do Pai. E declare: Eu e minha casa serviremos ao Senhor.

e) Deus não quer apenas salvar você. Quer salvar toda a sua família.

f) Se você quer a sua “família no Altar”, creia no Senhor Jesus Cristo.

A sua parte é crer, operar um terremoto e salvar é com Deus.

Em Cristo!

Fonte: gospelprime



No imaginário judaico/cristão a mulher de Jó sempre foi considerada como o protótipo da mulher insana, afetada, sem juízo, e antagônica a seu marido.

O livro de Jó, considerado o mais antigo livro das escrituras, inicia falando da prosperidade de Jó e de seu relacionamento com Deus que, conversando com Satanás, cobre Jó de elogios. O Acusador não perde a oportunidade de alfinetar o Altíssimo e põe em dúvida se tal fidelidade não é mais fruto de uma barganha do que de intimidade verdadeira. Ao ser provocado, Deus permite que Satanás tenha poder para atormentar a vida de Jó e assim provar qual a origem da sua fidelidade. Começa aí o seu infortúnio.

Neste grande drama há alguns personagens que vão buscar durante o decorrer da história encontrar respostas para o sofrimento de Jó e, por extensão, debater sobre a origem do sofrimento humano em um mundo governado por um Deus justo e bom. Zofar, Bildade e Elifaz se revezam em discursos que ora insinua, ora afirma que deve existir algum pecado em Jó, nem que seja oculto, e que seu sofrimento é justo, pois de Deus não se pode esperar outra coisa. Tais discursos são rebatidos por Jó que reafirma reiteradamente sua inocência e continua a se perguntar sobre o porquê de seu sofrimento. O jovem Eliú faz um apanhado geral enfatizando a soberania e sabedoria de Deus condenando todos os demais, tanto os amigos, quanto o próprio Jó. Por último o próprio Soberano do universo se revela a Jó e não lhe dá resposta alguma, a não ser reafirmar sua soberania o que, paradoxalmente, é resposta mais que suficiente para Jó que ao final responde “antes te conhecia só por ouvir falar, mas agora meus olhos te veem”.

A mulher de Jó, esta mulher sem nome, como tantas outras mulheres da Bíblia – lembremos que até mesmo aquela que ungiu Jesus com alabastro e da qual Cristo disse que jamais seria esquecida por causa do seu gesto, também permanece anônima – era apenas uma coadjuvante.

De todos os personagens da narrativa, ela é quem tem a menor fala e menor espaço para se expressar. Não foi dado a ela o mesmo destaque dado aos discursos eloqüentes e vazios de Zofar, Bildade, Elifaz, nem teve a honra de ser a última a discursar, como o jovem Eliú. Sua participação foi um átimo, um único versículo que serviu para encerrá-la para sempre no panteão das mulheres vilãs da Bíblia com a companhia nada honrosa de Jezabel, Safira, a mulher de Ló – mais uma anônima – e outras menos cotadas.

No imaginário judaico/cristão a mulher de Jó sempre foi considerada como o protótipo da mulher insana, afetada, sem juízo, e antagônica a seu marido. Tudo por causa de sua única fala.

Como eu não estou aqui para ser mais um a jogar pedras, gostaria de mais uma vez, como sempre fazemos aqui no nosso espaço, convidar você a me acompanhar em mais uma viagem para além da tradição e dar a esta mulher o benefício da dúvida, nos permitindo entrever algo de belo em seu gesto e nos surpreender com uma inesperada lição da graça de Deus, mesmo quando Ele permite algo que para muitos de nós soa contraditório.

“Amaldiçoa seu Deus e morre”. Esta foi a frase que fez com que ela caísse em desgraça aos nossos olhos. Uma única frase, perdida lá no versículo nove do capítulo dois do livro, mas que serviu de argumento para o seu linchamento moral. Linchamento moral é algo que fazemos com enorme facilidade, mas que tal irmos para além da frase? Que tal buscarmos as motivações que a levaram a esta atitude extrema? Que tal averiguarmos se esta mulher é tão indigna e condenável para Deus quanto os nossos julgamentos determinam?

A mulher de Jó não é alguém que aparece do nada na história, não é uma transeunte que passa aleatoriamente e resolve dar sua opinião, não é sequer como os amigos de Jó que se compadeceram dele e lhe fizeram companhia, mas que depois disso iriam para suas casas e suas vidas. Não, ela era a pessoa mais próxima de Jó. E se Jó sofreu com os infortúnios que caíram sobre ele, ela também sofreu junto e amargou todas as perdas. Diferente dos amigos de Jó, ela estava padecendo conjuntamente do mesmo mal que se abateu sobre seu marido. Ela perdera seus filhos, sua casa, seus bens, sua dignidade e, naquele momento, via o homem a quem havia devotado uma vida ali, sobre um monturo, cheio de chagas malignas que iam da cabeça aos pés, coçando-se com um caco para aliviar sua agonia.

Nada mais injusto! Pensava ela.

Mais do que ninguém ela sabia da injustiça daquela punição. Era ela quem presenciava quando Jó chamava seus dez filhos para os santificarem, mesmo já sendo adultos. Era ela quem acordava à noite, tocava na cama procurando seu marido e não o encontrava, ia achá-lo na madrugada fazendo sacrifícios a Deus por amor à vida de seus filhos, que foram mortos todos de uma vez sem razão aparente. Era ela quem presenciava dia a dia a integridade e retidão de Jó em todas as coisas. Nos negócios, na família, entre os mais necessitados e na vida conjugal.

A mulher de Jó foi o único personagem que lhe reconheceu a inocência. E exatamente por não ver em seu marido falha alguma a ponto de receber tão grande punição é que ela expressa sua revolta em um desabafo desesperado, sim desabafo de quem vê sua vida ruir da noite para o dia, de quem tinha uma vida em paz e temor a Deus e que se vê saqueada, sem seus filhos, sem ter como se sustentar e vendo o homem a quem amava em agonia de morte.

“Assim como fala um louca, falas tu” é a repreensão que ela ouve de Jó e, após ouvir estas palavras, cala-se, não contra-argumenta, nem rebate, apenas cala-se, como a reconhecer seu erro, ao contrário dos amigos que em nenhum momento deram descanso e só foram reconhecer o mal que fizeram depois que o próprio Deus ordenou.

A mulher de Jó representa este grito angustiado que eu e você temos no peito todas as vezes que sofremos as injustas peças pregadas pela vida. É a voz que clama por um mundo em que haja algum tipo de lógica, em que os maus sejam efetivamente punidos e os bons recebam de Deus benevolência. Ela é a porta-voz que nos mostra que nem sempre as coisas fazem sentido, que injustiças acontecem com pessoas boas e a nossa teologia nem sempre consegue responder. É a testemunha de que todos nós, em algum momento da vida, também nos revoltamos contra Deus.

Enfim, ela é muito parecida conosco, talvez por isso nós a repudiamos. Pois somos tão envolvidos e contaminados por idealizações que não reconhecemos quando vemos nossa própria face no espelho.

Mas, apesar de todos os nossos preconceitos e condenações. Apesar de todo o estigma que ela sofreu posteriormente. Deus, que é quem verdadeiramente sonda e conhece os corações e as motivações, honrou-a ainda em vida. Sim, pois Deus devolveu-lhe a saúde do marido, restituiu-lhe os bens e, suprema honra para as mulheres da antiguidade, deu-lhe mais dez filhos.

E, para confirmar que Ele entende nossas angústias e dúvidas mais do que nós mesmos gostamos de reconhecer e que Sua graça alcança até mesmo àqueles que para nós são execráveis, Ele, o Único a quem cabe estabelecer justiça, não lançou nenhuma palavra de crítica ou de condenação a essa louca mulher que teve a coragem de expressar livremente sua dor.

Pense nisso!

Fonte: gospelprime



O que a Bíblia diz acerca do papel do homem?

Geralmente quando se fala sobre masculinidade, cria-se uma certa resistência, principalmente com os homens (óbvio). Ao ouvirem que esse será o tema a ser debatido, alguns olham com estranheza se questionando se serão ensinados sobre como serem homens (algo que eles já são desde que nasceram). O problema consiste exatamente em aí. Por achar que isso se trata de algo natural, e que pode ser exercido simplesmente “sendo”, muitos homens acabam por distorcer a verdadeira masculinidade.

É claro que quando usamos esse termo, estamos levando em consideração de que o homem em questão é cristão, numa que é nitidamente explicito que as Escrituras falam de que o homem sem Cristo distorce tudo, inclusive a si mesmo, vivendo de forma totalmente oposta ao que fora prescrito por Deus. Isso não quer dizer, que o padrão bíblico não se aplique aos homens que não tem a Cristo, todavia, isso será para eles apenas mais um erro pelo qual incorrem em desobediência ao Criador, não sendo aquilo que foram criados para ser.

Para que possamos discorrer sobre o assunto, trataremos primeiramente de distinguir o conceito de masculinidade segundo as Escrituras, como elas definem o que é de fato ser um homem.

Como pensado à priore ao se ler ou ouvir sobre esse assunto, para a maioria o homem é distinguido por suas características físicas, principalmente no âmbito sexual, mas a primeira informação que temos na Bíblia se choca com essa visão. O primeiro dado bíblico que temos acerca do homem é sua criação em Gênesis 1:26. É claro que nesse texto está incluso a criação da alma tanto do homem quanto da mulher: “macho e fêmea os criou” (GÊn 1:27), mas podemos perceber com o desenrolar da revelação que à luz desse texto em seu contexto, poderemos extrair implicações sobre a identidade masculina, ou o que será requerido dela.

Tendo sido criado pelo SENHOR DEUS, o homem fora colocado no jardim do Éden para o cultivar e o guardar, todavia, como vimos no texto anterior, Deus havia criado macho e fêmea, mas até então, o homem no capítulo 2 versículo 15 estava só, como é dito em Gên. 2:18. Entre sua criação e sua colocação no Éden, Deus expressa uma ordem ao homem, que é lida em Gên. 1:26,28. Ele deveria dominar e reger a criação, e ainda se multiplicar.

Quando a mulher é criada (toma corpo físico) em Gên. 1:18-25, essa ordem não é repetida, como seria lógico fazer, numa que se pensa que os dois dividiriam o trabalho de cumprir igualmente essa mesma ordem, com isso é perfeitamente possível que entender que a ordem de administrar a criação cai apenas sobre os ombros do homem. Isso não exime a mulher de participar dessa administração, mas como fora citado no versículo 18 do capítulo 2, ela seria uma auxiliadora que o ajudaria e corresponderia a ele. Ou seja, para o homem fora designado o papel de governo e para a mulher, o papel de auxílio.

A partir daqui já podemos destacar o primeiro fator que caracteriza o homem como homem; seu serviço ao Criador através do cuidado para com a criação. Tanto pesa sobre o homem a gerência da criação no tocante a mantê-la em harmonia diante de seu Criador, quanto administra-la de forma sábia para o seu sustento. Em face disso, percebemos o alto nível de distorção em que vivemos, onde o homem se abstêm de seu papel, negligenciando completamente o trabalho. É claro que a imagem de gênesis se difere muito da nossa em termos de cenário. Não lavramos literalmente a terra (pelo menos não o homem urbano), para dela recolher os frutos, mas o princípio bíblico de trabalho não está preso ao cenário, mas ao ser que atua no mesmo.

A narrativa bíblica demonstra que uma das características que compõem a masculinidade é a provisão do lar. Não estamos entrando aqui no mérito de a mulher poder ou não trabalhar, entendemos que isso é algo que pode ser tanto opcional (a mulher querer trabalhar, desde que não negligencie o cuidado para com o marido, a casa e os filhos), quanto circunstancial (a mulher ter de trabalhar com o fim de complementar uma renda básica para o sustento da casa), mas o que com certeza afirmamos é que, a atuação obrigatória do homem para esse fim é algo inquestionável. A iniciativa de tomar sob seus ombros a responsabilidade de promover tudo o que for necessário para que seu lar e o ambiente que o envolve seja administrado de conformidade com a lei de Deus, e devidamente suprido de todas as suas necessidades, é a qualidade que o torna um homem segundo o padrão bíblico.

Outro destaque que merece ser dado seguindo o princípio bíblico é de que o homem deve fazer tudo isso de conformidade com a lei do SENHOR, como mencionado anteriormente. Ainda na narrativa de gênesis 2:15, uma das atribuições do homem era “guardar”. A palavra guardar (וּלְשָׁמְרָֽהּ  trans:“vlishamarah”) no texto hebraico original possuí a ideia de observar, salvar, vigiar de perto, com o fim de que nenhuma ameaça entrasse no jardim do Éden. Esse lugar era o local de encontro de Deus com o homem, ou seja, era o “templo” ou “santuário” onde Adão se comunicava com seu Criador, e, portanto, ele deveria mantê-lo sempre livre de qualquer coisa que violasse aquele lugar. Aplicando isso para nós, o Éden hoje é o nosso lar, nossa casa, e é obrigação do homem mantê-lo a salvo de qualquer ameaça.

Em Gênesis 3, lemos o relato da queda da humanidade, e nos deparamos com a invasão do Diabo através da serpente que se comunica com Eva sem a supervisão de Adão. O papel do homem naquele momento era intervir naquela situação, e afastar o mal, para que não houvesse desequilíbrio no Éden, mas Adão não atua de conformidade com seu papel, então o pecado entrou. É também atribuição do homem proteger não somente seu lar de qualquer coisa que quebre a harmonia com Deus, mas também de evitar que aqueles que estão sob sua proteção (mulher, filhos etc.) sejam corrompido e incitados a se rebelarem contra o Criador. Isso ele fará através da observação cuidadosa e fiel das Escrituras, conhecendo-as e ensinando-as aos mesmos.

Outro ponto importante que deve ser tratado (embora tenha sido mencionado anteriormente), é área de atuação do homem em detrimento da mulher.

Nossa sociedade por vezes proclama “palavras de ordem” como; “igualdade! ”, “direitos iguais! ”, “todos são iguais! ”, e ainda atacam o cristianismo como sendo uma força que perverte essas ditas “verdades”. Todavia, o conceito é altamente deturpado, o que tem levado muitos homens a se distanciarem cada vez mais da execução de seus papéis, quando não os fazem trocar totalmente de lugar, e a falsa luta por liberdade esconde na verdade uma profunda tentativa de distorcer o que as Escrituras ensinam sobre os perfis de gênero.

Em lugar algum das Escrituras se verá qualquer indício de que o homem é melhor ou possui maior importância para Deus. Se nossa ótica é genérica, ou seja, se observamos homem e mulher como seres humanos, sem dúvida alguma Deus olha para ambos de forma igual. Ambos são imagem de Deus, ambos possuem características que foram impressas em nós pelo próprio Criador (o que chamamos de atributos comunicáveis, exemplo: capacidade de raciocínio, capacidade para amar, senso de justiça), embora essa imagem esteja manchada por causa do pecado. Todavia, tanto o homem quanto a mulher foram criados com suas particularidades essenciais, ou seja, com traços comportamentais, emocionais e biológicos, o que implica dizer que do ponto de vista de gênero, homens e mulheres não são iguais, e é exatamente assim que a Escritura trata a ambos. Um exemplo disso, como já vimos são os papeis do homem e da mulher com relação ao cuidado da criação. O homem fora criado para governar e dominar a criação, mantendo-a em harmonia diante de Deus, e a mulher fora criada para auxiliar o homem nessa tarefa.

A visão social é de que homens e mulheres são iguais, e que, portanto, devem atuar nas mesmas áreas sem distinção de gênero. Basta olhar para características de ambos os sexos para se perceber que isso se trata de uma grade distorção. Como poderemos submeter uma mulher a um trabalho braçal, sabendo que dentro de pouco tempo ela será prejudicada por não ter força física suficiente para exercer essa função? Ou ainda como poderemos colocar um homem para lidar com crianças em uma creche, se o senso materno não está presente nele, para que ele possa desempenhar esse papel? Não estamos dizendo que não haja a possibilidade de se ter uma mulher forte, ou um homem com jeito para crianças, mas estamos afirmando que naturalmente, ambos têm aptidões que potencializam a realização das tarefas nas quais adequadamente se encaixam.

Essas mesmas aptidões ou habilidades naturais foram pensadas e implementadas no homem e na mulher pelo próprio Deus, para que através do exercício das mesmas, ambos possam atuar em suas áreas, que embora sejam diferentes, colaboram para gloria do Criador no cumprimento da gerência da criação.

Uma sociedade com homens efeminados culminará em diversos problemas, como testemunhamos diariamente. Um exemplo disso são homens acovardados que numa situação onde precisam agir para proteger um indefeso, se omitem e negligenciam seu papel, contribuindo para que a injustiça e a impunidade se proliferem. Ou mesmo quando o perfil masculino é desvirtuado, percebemos que cada vez mais a imagem do homem vai sendo substituída por uma imagem efeminada levando-o ao ridículo. Isso pode ser visto no mundo fantasioso da moda, onde homens são cada vez mais instigados a se comportarem e se vestirem como mulheres, o que tem provocado cada vez mais insatisfação nas mulheres que reclamam que não são assistidas em seus lares por seus maridos, e precisam suportar todo o peso do lar sob seus ombros, o que agride o propósito de Deus para o bom funcionamento do lar.

Outro caso que pode ser levantado para corroborar a completa modificação no perfil masculino é a criação dos filhos. Sem pais que entendem e vivem de acordo com a verdadeira masculinidade, os filhos não vendo a imagem paterna de educação e correção, crescem sem limites, rebeldes, contumazes, desrespeitando todo tipo de autoridade que se impõe sobre eles, e com isso cada vez mais vemos o crescimento de jovens inconsequentes que não se importando com o bom convívio em sociedade, cometem todo o tipo de absurdo sendo irresponsáveis.

Por outro lado, vemos também o outro extremo disso, homens que se comportam de maneira selvagem alegando que “isso é ser homem”. São rudez e descorteses com suas esposas, maltratam seus filhos, ignoram o atendimento às necessidades emocionais de ambos, e distribuem grosserias aos que o rodeiam. Por trás de toda essa carapaça rude, existe na verdade um homem que ao ser cobrado ou pressionado acerca do cumprimento de seu papel, foge disso por meio desse comportamento, ou mesmo cinicamente se exime de agir, ignorando suas responsabilidades. Uma prova desse tipo de comportamento pode ser vista no relato da queda em gênesis 3.

Quando Adão é chamado à responsabilidade diante de Deus, sobre a perda de sua inocência por reconhecer que estava nu através do comer do fruto proibido, Adão não assume sua responsabilidade e culpa Eva de ter oferecido o fruto. Eva por sua vez, aponta a culpa para a serpente. Se Adão tivesse cumprido seu papel de gerente da criação, e assumisse sua responsabilidade no ato, o referencial de atitude teria se mantido, e Eva teria se espelhado nisso para assumir também as suas ações. Todavia, como o padrão foi quebrado e o homem, que é o representante de toda criação abandonou seu posto, ela por sua vez o seguiu. Veja que por meio de uma atitude covarde, todo um efeito dominó foi deflagrado, pelo motivo de o homem não ter cumprido seu papel.

Poderíamos listar inúmeras outras situações onde a falta de um referencial masculino adequado acarreta graves danos não somente a um lar específico, mas a toda uma cadeia de indivíduos que sofrem por falta desse mesmo referencial.

O que queremos ressaltar é que a situação atual de nossos lares e de nossa sociedade urde para que voltemos ás Escrituras para entender o que de fato é um homem bíblico, um homem que honra em primeiro lugar ao Deus Criador, servindo-o de acordo com sua lei, e vivendo em meditação constante, como é descrito o homem feliz e bem-aventurado do salmo 1.

Devemos resgatar o padrão bíblico de masculinidade e vivê-la como bons soldados de Cristo. Com certeza, enfrentaremos as retaliações da sociedade, que cada dia mais corre para sua destruição por meio da quebra dos princípios estabelecidos pelo Reluzente, mas fiados no Filho Unigênito do Pai, em nossa Rocha Eterna, estaremos prontos para exercer nossos papéis glorificando o Criador, pois para isso fomos criador.

É nosso dever nos equilibrar entre o uso de nossos dotes e habilidades, como força, perspicácia, e etc, governando a criação, protegendo, ensinando, guardando e provendo, e o uso da atenção, afeto, cuidado, para fazer com que nossos lares e os ambiente que o rodeiam vivam o propósito de Deus para sua criação, e isso através do exercício da verdadeira masculinidade.

Cristo triunfa!

Fonte: gospelprime

terça-feira, 18 de julho de 2017




Ler as páginas sagradas deve nos levar à um alto apreço para com Deus e principalmente, em considerar seus mandamentos e princípios abordados nas Escrituras.

Pegar o livro. Abrir o livro. Ler. Pensar: “Nossa, como isso é profundo!”. Fechar o livro. Guardar o livro. Se afastar do livro. Esquecê-lo por algum tempo… Retomar o processo.

Essa tem sido a rotina de leitura bíblica de muitos cristãos. Simplesmente indiferente ao conteúdo das Escrituras. Recorrem à ela como um manual de como viver a vida, ou um livro de autoajuda que apenas serve para “fazer com que eu me sinta melhor”. Pior ainda, vão as Escrituras como ela fosse um grimório onde se encontram porções mágicas para ser feliz, ou ser bem-sucedido. Para conseguir um relacionamento, e coisas do gênero.

A Escritura é a palavra de Deus. Ela mesma dá testemunho de si como autoridade e meio pelo qual o homem deve guiar seu caminho: “Toda a Escritura é inspirada por deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. 2 Timóteo 3:16. Este texto fala claramente da instrumentalidade das Escrituras Sagradas, como palavra de Deus inspirada. O termo “inspirada” (θεόπνευστος) significa literalmente “soprada, ou aspirada por Deus” indicando sua procedência. Todavia esse texto está se referindo a todo o Escrito do antigo testamento. Como pois poderíamos atestar a inspiração do novo testamento? O próprio NT também oferece testemunho quanto à sua autoridade. Em sua primeira carta à igreja de Tessalônica, Paulo dá graças porque eles receberam seus escritos “não como simples ensino de homens, mas sim como, em verdade é, a Palavra de Deus”. 1 Tessalonicenses 2:14 KJV.

Pedro em sua segunda carta diz: “Ele [Paulo] escreve do mesmo modo em todas as suas epístolas, discorrendo nelas sobre esses assuntos, na quais existem trechos difíceis de entender, os quais são distorcidos pelos ignorantes e insensatos, como fazem também com as demais Escrituras para a própria destruição deles. 2 Pedro 3:16 KJV. O apóstolo coloca os escritos de Paulo no mesmo nível das Escrituras do antigo testamento. Vale lembrar que Pedro era um judeu, que tinha alto apreço pela Palavra do Senhor, logo, estamos diante do comentário de alguém bastante criterioso no que tange a discernir o conteúdo inspirado das Escrituras, além de ser também um apóstolo que está sendo usado para lançar os fundamentos da fé.

Tudo isso nos remete a entender que a Bíblia que temos em mãos, é sem dúvida, a Palavra do nosso Deus. O puritano Thomas Watson afirmou que: “Em cada linha que você lê, imagine Deus falando com você”[1]. Ler as páginas sagradas deve nos levar à um alto apreço para com Deus e principalmente, em considerar seus mandamentos e princípios abordados nas Escrituras.

Todavia há alguns aspectos quanto a Palavra de Deus que devem ser compreendidos para que possamos ter uma melhor compreensão sobre ela.

A Bíblia é um livro humano
Há três correntes de pensamento quanto a inspiração do Texto Sagrado; aqueles que afirmam que ela foi inspirada mecanicamente, dinamicamente e organicamente. Essas três linhas de raciocínio discutem sobre como o processo de revelação aconteceu.

Deus é um ser infinito. Nós, finitos. Logo a distância entre Deus e nós, por si só, dificulta a comunicação entre as partes. Todavia, como afirma Calvino[2]: “Todo verdadeiro conhecimento de Deus decorre do fato de que Deus, em sua misericórdia, houve por bem revelar-se”. Isso é o que chamamos de doutrina da acomodação, onde Deus em sua infinita grandeza, se acomoda a linguagem limitada humana, com o fim de manter contato com sua criatura. A confissão de Fé de Westminster, a falando sobre o pacto de Deus com o homem, lança luz sobre essa questão, quando afirma: “Tão grande é a distância entre Deus e a criatura, que, embora as criaturas racionais lhe devam obediência como ao seu Criador, nunca poderiam fruir nada dele como bem-aventurança e recompensa, senão por alguma voluntária condescendência da parte de Deus, a qual foi ele servido significar por meio de um pacto”[3].

Através disso compreendemos que, Deus se valeu em primeiro lugar de sua boa e graciosa vontade para se revelar ao homem, e em segundo lugar, através da Escritura, que fora escrita por homens inspirados por Deus para essa tarefa. Mas como correu essa inspiração?

I.I Inspiração mecânica
Os adeptos dessa corrente de pensamento, afirmam que as Escrituras foram ditadas pelo Espirito Santo, de modo a anular a mente e a personalidade daqueles que a registraram[4]. Aqueles que favorecem esse tipo de inspiração, acreditam que os autores bíblicos não passaram de meros copistas, pessoas que registraram as informações por ordem de Deus, sem ter qualquer envolvimento com o teor da mensagem.

Todavia esse tipo de argumentação não bate com as características encontradas nos textos bíblicos. Percebemos ao longo de toda a Palavra de Deus, traços peculiares aos autores de cada livro. A erudição de Paulo, os sentimentos de João, a descrição de Esdras, e a linguagem às vezes poética de Isaias.

II Inspiração dinâmica
Esse pensamento é o extremo oposto ao primeiro. Os autores bíblicos tiveram completa autonomia sobre a complicação dos escritos, sendo atribuída ao Espirito Santo, apenas uma iluminação, no que concerne sobre ao assunto a ser tratado. A excelência dos seus escritos deve ser atribuída à influência santificadora no caráter, mente e palavras deles, devida à comunhão profunda com Deus ou pela convivência com Jesus, e não a uma ação sobrenatural e ímpar do Espírito.[5]

I.III Inspiração Orgânica
Aqui temos a linha de pensamento defendida por grande parte dos teólogos reformados, e que representa a interpretação mais equilibrada quanto à inspiração dos autores bíblicos, exibida também pela própria Escritura. Os autores bíblicos foram inspirados por Deus para escreverem a Palavra do Senhor, de forma que tudo aquilo que o Espírito Santo tencionou registrar para exortação do povo de Deus, quanto as verdades necessárias para tal, foi de fato escrito, mas também as características pessoais de cada autor como contexto histórico, cultural, educação, estilo e etc, foram usados colaborativamente, sem que isso pusesse em risco qualquer aspecto do processo de registro do conselho de Deus nas Santas Escrituras.

O fato de estarmos lidando com um livro que também é humano, porque foi escrito por homens e suas características foram usadas durante a escrituração do mesmo, não diminui em nada sua autoridade ou poder. Todo o processo de registro foi completamente supervisionado pelo Espírito de Deus, que fez com que exatamente tudo o que ele quis que fosse escrito, de fato fosse escrito, como já argumentamos anteriormente.

Não há qualquer razão para termos qualquer receio em receber a Bíblia como Palavra de Deus como fizeram os Tessalonicenses, muito pelo contrário, embora seja um livro humano, a Bíblia é o oráculo de Deus, o meio pelo qualquer ele escolheu para revelar-se a nós, o que nos leva ao segundo ponto: A bíblia é um livro divino.

A Bíblia é um livro divino.
Como vimos, há passagens em toda a Escritura que atestam que ela é de fato a Palavra do Senhor.

A bíblia foi escrita por 40 autores diferentes, durante um período de pelo menos 1500 anos. Todo o conteúdo da bíblia foi atestado e vivido tanto pelos autores como pelo povo de Israel, e a igreja desde os apóstolos. Cada palavra que foi escrita teve e tem peso divino sobre nossas vidas. Um dos aspectos que apontam para o caráter divino das Escrituras é sua harmonia. Nenhum outro livro escrito por um número tão grande de autores, contém uma harmonia tão perfeita, capaz de transmitir fatos, ideias e princípios de forma perfeitamente linear como faz a Palavra do Senhor. Mais uma vez a confissão de fé de Westminster nos ajuda a compreender a autoridade e distinção que tem a Bíblia: “Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações”.[6]

Percebamos que não somente é apresentada a harmonia como indicio do caráter divino das Escrituras, mas também outros aspectos que podem com certeza nos atestar o aspecto divino do seu teor, mas o que é apontado como sendo aquilo que de fato comunica o caráter divino do texto sagrado, é a obra perfeita e maravilhosa do Espírito Santo em nossos corações, revelando que a Bíblia é a palavra do Criador para nós.

Para interpretar esse livro tão magnifico, devemos nos esforçar e empreender árduo compromisso, com o fim de que saibamos o direcionamento que ela nos dá para agradar e glorificar a Cristo, pois esse é o seu objetivo. Todavia algumas dificuldades surgem como obstáculo na hora de interpretar o Texto Sagrado.

Um exemplo disso é o nosso distanciamento dos autores. Hoje quando queremos entender melhor um texto, podemos procurar aquele que o escreveu para tirarmos dúvidas quanto a algum ponto que não tenha ficado muito claro. Isso não é possível quando se trata dos autores bíblicos, pois estão mortos, e a 2000 anos de distância no tempo de nós. Sua cultura, seu contexto histórico (o que acontecia enquanto ele escrevia), seu idioma, tudo isso são fatores complicadores na hora de entendermos a Escritura. Outro fator é nossa limitação. Somos seres limitados e imperfeitos, não conseguimos absorver todo o conhecimento, e nossa capacidade de processamento de informações é bem resumida se levarmos em consideração, o tanto de informações que precisamos reter. Além disso, a queda reduziu ainda mais isso, corrompendo nossa moral, pervertendo nossos princípios, e complicando nossas faculdades tanto físicas quanto mentais. Somos seres caídos, e temos resquícios do pecado em nós, e isto milita diariamente contra aquilo que é bom e justo diante de Deus como prescrição do que ele próprio deseja, por ser ele mesmo bom e justo. Ou seja, não queremos nos submeter as Escrituras, não gostamos e se formos deixados à nossa vontade pecadora, não o faremos.

Tudo isso ergue verdadeiras muralhas, que nos atrapalham em nosso exercício de levar nossa mente cativa à Cristo por meio da Palavra do Senhor. Sendo assim, gostaria de concluir esse texto, lhe dando alguns conselhos sobre como ler e como interpretar a Palavra de Cristo:

Ore pedindo iluminação e obediência ao Espírito!
Como dito, nosso coração pecador não quer se submeter à vontade de Cristo. Em nós mesmos, jamais buscaremos contato com a Bíblia objetivando agradar ao Criador. Então, ore sempre, pedindo ao Espírito que ilumine-o a entender a Palavra de Deus, pra que através disso você possa agradá-lo através de uma vida de santificação. Isso não será fácil, e exigirá de você muita disciplina, o que leva ao nosso próximo ponto. Lembre-se do salmista que confiava na Palavra de Deus como norteador da sua vida: “Tua Palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho! Salmos 119:105 KJV.

Discipline-se!
Alguns cristãos acreditam que a leitura da Palavra de Deus deve ser algo espontâneo, feito com liberdade, todavia, à luz do que vimos no ponto anterior, se isso for levado de fato em consideração, jamais leremos a Bíblia numa que não queremos. O salmista aponta que o objetivo de ele ter escondido a Palavra do Senhor em seu coração, foi para que não pecasse contra Deus: “Em meu coração conservei tua promessa para não pecar contra ti” Salmos 119:11 KJV. A palavra do Senhor não foi anexada no cérebro do salmista possibilitando sua conservação, ele teve de lê-la muitas vezes para que isso pudesse acontecer… e conseguiu. Tanto quanto ou mais que o salmista devemos ler a palavra do Senhor repetidas vezes. Leia todos os dias. Muitas pessoas se queixam de não terem tempo de ler a Escritura devido a trabalho, universidade, curso enfim, todavia o Senhor nos chama em primeiro lugar para o servir diretamente, ou seja, diante dele em constante oração, e servindo através de um comportamento digno do evangelho. Isso só poderá ser alcançado, se introjetarmos a Bíblia em nosso coração através do exercício diário e de leitura.

Trabalhe; use livros e outros recursos!
Graças a Deus hoje temos inúmeros recursos que podem nos ajudar a ler e interpretar a palavra de Deus. Softwares e sites, oferecem gratuitamente muitas ferramentas que podem nos auxiliar a ler a bíblia corretamente, diminuindo os distanciamentos que mencionamos como fatores que complicam nosso estudo. Sem contar a vastidão de livros escritos sobre interpretação do texto bíblico. Compre bons livros, dicionários, atlas, concordâncias bíblicas, que tornarão a leitura bíblica mais profunda e sua compreensão mais expandida quanto ao que fala o Texto Sagrado. O reformador João Calvino usa uma frase que explicita bem o trabalho de interpretação da bíblia: “Orare at labutare”(Ore e labute!). Diferentemente do que muitos pensam, um anjo não descerá dos céus com um rolo onde estará escrito a perfeita interpretação das Escrituras Sagradas. Cabe a nós filhos de Deus, buscar entender o que fala nosso Pai celeste em Seu Filho Jesus Cristo, por meio do Espírito Santo na sua Palavra. Então, se empenhe em estudar a Bíblia.

Em oposição a atitude que descrevemos no começo do texto, a leitura bíblica exige muito mais do que aquele comportamento distante e pontual, ela requer de nós um envolvimento muito mais íntimo e constante. Dedique tempo de qualidade para ler a Palavra de Deus, e sem dúvidas Cristo o iluminará e abençoará seus esforços para entender o que ele deseja de você, iluminando-o com seu Santo Espírito. Nossa atitude para com a Bíblia exibe diretamente qual é nossa compreensão de quem é Deus; Se temos um alto apreço pela Escritura e nos dedicamos em lê-la, com certeza Cristo é visto por nós com toda importância. Se somos omissos e aquém de uma vida de constante leitura da Bíblia, Nosso Senhor talvez seja alguém sempre colocado em segundo plano, e por isso o conhecemos tão mal.

Cristo triunfa!

[1] MACARTHUR, John F., 1939 – Introdução ao aconselhamento bíblico: Um guia básico dos princípios e prática do aconselhamento / Wayne A. Mack e o corpo docente do Master’s College. — São Paulo, SP: Hagnos, 2004. Cap 2, pág. 44
[2] As institutas da Religião Cristã, Livro I, Cap. I-XVI.
[3] Confissão de Fé de Westminster – 17ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. Cap. VII, pág. 65
[4] ANGLADA, Paulo, Sola Scriptura – A Doutrina Reformada das Escrituras – Ananindeua: Knox Publicações, 2013. Cap. 4, pág 68.
[5] Ibidem, p. 69.
[6] Confissão de Fé de Westminster – 17ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. Cap. I, pág. 20

Fonte: gospelprime

segunda-feira, 17 de julho de 2017




À meia-noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo se aproxima! Saiam para encontrá-lo! ’ Mateus 25:6

“Desde 1953 nunca estivemos tão perto de uma catástrofe global” Cientistas BPA

Não sei se você já ouviu falar sobre o chamado Relógio do Apocalipse, criado em 1947 pelo Boletim dos Cientistas Atômicos (BPA, na sigla em inglês). Com certeza você já leu sobre o assunto ou assistiu pelos telejornais matérias que falaram sobre os últimos ajustes em seus ponteiros aproximando os mesmos “a meia noite”.

Que relógio é esse?

Internet
Vamos conhecer melhor sobre esse relógio: Quando o Relógio do Apocalipse foi criado, em 1947, simbolizava a preocupação dos cientistas com o risco de um conflito nuclear diante da corrida armamentista no início da Guerra Fria. Esse relógio foi desenhado pela pintora Martyl Langsdorf, mulher do físico Alexander Langsdorf.

O relógio foi ajustado seus ponteiros em sete minutos para meia-noite em sua primeira aparição na capa do boletim. Desde então, a posição dos ponteiros já foi ajustada 22 vezes para frente ou para trás.

Quando ocorreu o último ajuste?

Segundo a BBCBrasil em sua matéria no portal UOL, mostra que o último ajuste nos ponteiros aconteceu em janeiro deste ano, logo após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O relógio foi adiantado em meio minuto, hoje marca 23:57h. Cada vez mais os ponteiros estão próximos de marcarem Meia noite.

O que isso significa e o que eu tenho a ver com esse relógio?

Significa que estamos chegando ao fim! Talvez você diga: Sim! E daí? Eu não acredito em nada disso que disseram os cientistas! Bem! Você acreditando neles ou não isso não te faz imune ao que vai acontecer. Não é uma questão de você acreditar ou não no que diz os cientistas, o fato é que vai acontecer a destruição de nossa terra.

O que a Bíblia diz a respeito? Existe o termo Meia Noite nas Escrituras?? Você sabia que a Bíblia usa o termo meia noite para falar de algo inesperado ou acontecimentos catastróficos?
O termo meia noite na Bíblia sempre está ligado a fatos inesperados entre esses fatos “A VOLTA DE CRISTO”.

Profecias do Apocalipse

O pastor Joá Caitano, autor de diversos livros de estudo sobre o Apocalipse, conta que existem sinais proféticos, científicos, políticos e sociais que apontam a volta de Cristo.

Caitano dá um exemplo da palavra de Deus comprovada cientificamente no livro do profeta Zacarias. “Ele declara que, quando Jesus voltar a terra, o monte das Oliveiras irá rachar. Há pouco tempo, a cadeia de hotéis Hilton tentou construir o hotel mais sofisticado em Israel, no monte das Oliveiras. Quando os engenheiros começaram a trabalhar na terra, constataram que não poderiam continuar, pois o monte está condenado”.

Para ele, o mundo está em preparação para o fim dos tempos. “Hoje, os Estados Unidos dispõem de dez mil ogivas nucleares, prontas para serem disparadas. Metade dessas bombas pode destruir todo o mundo, causando alterações na natureza, como o aquecimento global, enchentes e terremotos”.

Veja alguns textos onde aparece o termo Meia Noite: Jó 34.20, Lc 11.5, I Rs 3.20, At 20.7-9, Ex 12.29

Mas a pior meia noite ainda está para acontecer. Será um momento inesperado com implicações muito sérias. Você está preparado? Foi a meia noite a hora que Jesus usou na parábola das 10 virgens mostrando que algo vai acontecer inesperadamente onde precisamos nos preparar. Mateus 25:6

O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. 2 Pedro 3:10

Porque haverá então grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. Mateus 24:21

“Imediatamente após a tribulação daqueles dias ‘o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados’. Mateus 24:29

Assim, também vocês precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam. Mateus 24:44

Algo inesperado vai acontecer isso faz parte das profecias Bíblicas. Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios. 2 Pedro 3:7

Fonte: gospelprime

domingo, 16 de julho de 2017




Que visão gloriosa o profeta teve do Trono de Deus!


No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam.E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. E os umbrais das portas se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. (Isaías 6:4-8)

Muitas pessoas desejam serem usadas por Deus e fazer a sua obra. E não são poucos aqueles que anseiam serem vasos de honras nas mãos do Altíssimo. O profeta Isaías era um desses que na sua época foi chamado por Deus para levar a mensagem celestial a seu povo. Conta as Escrituras que no ano da morte do Rei de Judá, Uzias, o profeta Isaías vê o Senhor assentado em um alto e sublime trono. As orlas de Suas vestes cobriam aquele lugar, o Templo do Senhor. Isaías viu anjos que voavam e que cobriam do alto a baixo a presença do Senhor. Posso vislumbrar através das Escrituras a imagem vista pelo profeta, numa cena perfeita da Grandeza do nosso Deus.

Que privilégio teve aquele profeta?

Que imagem gloriosa teria contemplado o profeta naquela visão do Senhor, não é mesmo?

O chamado de Isaías iniciou-se diante de uma visão tremenda da glória de Deus. A imagem do Senhor Todo Poderoso, Exaltado na Sua própria Glória que nem uma imagem em HD poderia definir. O som de anjos , como um coral dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor colocariam muitas vozes desse nosso mundo “ no chinelo”. Nem um som potente , nem um efeito Double Surround poderia equalizar as vozes dos seres celestiais louvando a Deus nas alturas.

E convenhamos: Quem não gostaria de começar seu ministério tendo uma experiência como essa, não é verdade?

O chamado do profeta exigia vida santa
Porém o que muitas pessoas não entendem, principalmente dessa nova geração era que o chamado profético não era tido como Status, como muitas as tem hoje. O chamado profético exigia acima de tudo uma vida santa.

Hoje muitos se intitulam “profetas de Deus”, “vasos escolhidos do Senhor”, mas poucos estão dispostos a renunciar tudo pelo chamado de Deus. Poucos estão dispostos a serem purificados no seu modo de pensar, de agir ou falar.

Pouco se fala da família de Isaías a não ser que era filho de Amoz. Pela citação de seu pai se entende que ele era importante, bem como se vê também a relação que tinha com as pessoas de poder daquela época. Isaías conhecia aqueles que governavam sua nação, bem como, aqueles que religiosamente comandavam o culto a Deus. E era justamente a esses que foi endereçada a sua mensagem.

Através disso, podemos deduzir que o chamado de Isaías envolveu renúncia , pois como poderia ele falar as palavras de condenação e de exortação do seu povo idólatra se fosse conivente com seus atos.

Mas o interessante da visão de Isaías não ficou apenas no vislumbre da glória, mas como através dessa visão grandiosa ele reconheceu a sua situação espiritual e sua fraqueza.

A glória de Deus mostra nossa fragilidade
Diz as Escrituras que quando viu a Glória de Deus , ele viu sua fragilidade e pequenez , dizendo:

“Ai de mim, estou perdido, pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de impuros lábios”. E os meus olhos viram o Rei , o Senhor dos Exércitos. (Is 6:5).

Queridos, aquele “ai” significava na cultura hebreia um sentido de condenação e de juízo.

Jesus mesmo proferiu os seus “ais”. (Mt 23: 13-39). E este temor envolvia as pessoas diante da presença de Deus, que não podiam vê-lo , senão morreriam. (Ex 19:21; Jz 6:22-23; 13:22).

Na verdade quem Isaías viu foi aquele que iria anunciar a sua mensagem, ou seja, o ungido de Deus, o Messias de Israel, chamado Cristo. O mesmo que Daniel viu em visão no rio Tigre e João na ilha de Patmos (Dn 10:5-6; Ap 1:13-15). A visão era de Jesus , o Rei da glória.

Muitas pessoas dizem “conhecer Deus” e seguir conforme seus mandamentos, mas quando o Senhor exige algo deles, são como o jovem rico, ou seja, fogem da sua presença.(Mc 10:21). Outras pessoas dizem que “andam com Deus” , mas não querem entregar a Deus seu desejos pecaminosos mais profundos. Não querem dar ao Senhor “seus pecados de estimação” que há tempos vem ocupando um espaço no coração que era para ser “totalmente de Deus”.Deus não pode muitas vezes trabalhar em muitas vidas, porque em muitas corações Ele não encontra lugar de arrependimento

Diz a palavra de Deus que logo que o profeta confessou sua fraqueza, um anjo serafim voou para ele, com uma brasa viva, que tirara do altar. (Isaías 6:6)

E com essa brasa tocou a sua boca e disse:Eis que ela te tocou os teus lábios, e as tua iniquidade foi tirado e perdoado o teu pecado.(Is 6:7)

A palavra do Senhor diz: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” (Provérbios 28 : 13).

O profeta Isaías não encobriu seu pecado, ele confessou-o e por isso teve seu pecado perdoado. Aquele anjo estava trazendo a “brasa purificadora” que vinha direta do Altar do Senhor.

De nada adianta sermos considerados profetas pelos homens ,se diante Dele e da Sua Santa presença continuamos a ser transgressores.

Foi após ter sido tocado e perdoado por Deus que ouve-se a voz de Deus dizendo:

A quem enviarei e quem há de vir por nós ? (Isaías 6:8).

E com a certeza de quem 1+1 é 2, o profeta respondeu:

“Eis me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8)

Sabe, com isso entendemos que quando ”verdadeiramente” somos perdoados e tocados pelo Senhor estamos de fato prontos para toda boa obra.

Em um outro exemplo podemos citar o rei Davi:

O salmista Davi quando confessou seu pecado diante de Deus nos Salmos 51 declarou:

Pequei contra ti, contra ti, somente e fiz o que era mal perante os teus olhos. (Sl 51:4).

Mas o diferencial dele foi que Davi pediu a Deus que o Senhor purificasse seu coração para que pudesse ser limpo. Davi reconheceu que precisava ser livre dos “crimes de sangue” e que nada adiantaria se o Senhor não o purificasse. (Sl 51:14).Também pediu que o Senhor criasse nele um coração puro (Sl 51:7;10).

Palavras essas ditas também nos salmos 24:4 que diz que os que receberão a benção do Senhor e a justiça do seu Deus serão aqueles que são limpos de mão e puro de coração(Sl 24:4-5).

Só após ter confessado e pedido a Deus mudança , que Davi pode dizer: Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos e os pecadores ser converterão a ti (Sl 51:13)

Tendo esses exemplos de Davi e nesse texto de Isaías podemos concluir vários aspectos:

1) Que é necessário confessar a Deus e não encobrir nossos erros para que possamos fazer a obra de Deus da melhor maneira.
2) Aprendemos que quando “verdadeiramente” temos uma visão de Deus, não há como continuarmos da mesma maneira.
3) Entendemos que Deve-mos teme-lo. Não podemos servir ao Senhor de qualquer jeito.

Isaías entendeu que não poderia falar ousadamente e sem restrições da parte de Deus se algo não fosse removido da sua vida?

E a pergunta que fica para sua meditação é?

O que é ainda é preciso para ser removido em sua vida?

Fonte: gospelprime

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